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Abstract
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre estigmatização e marginalidade urbana (Fernandes, 2009). O estudo teve como propósito identificar os fatores associados ao estigma e representações hegemônicas relacionados à violência contra moradores de favela. O estudo leva em conta o contexto da produção da marginalidade contemporânea (Wacquant, 2001) e o lugar sócio-simbólico dos grupos marginalizados.
A produção da marginalidade urbana no Rio de Janeiro tem sido historicamente marcada pela produção de representações e práticas estigmatizante sobre as favelas (Valladares, 2000). Este processo histórico amplia-se nas últimas décadas como resultado da agenda neoliberal. Um dos reflexos mais evidentes deste processo diz respeito a respostas criminalizantes às contradições sócio-espaciais resultantes desta agenda. Tais respostas se apóiam na indiferença e na rejeição social daqueles grupos identificados como párias urbanos.
O estudo demonstra que o estigma associado à violência afeta a relação de grupos com o espaço urbano. A noção de constrangimento sócio-espacial foi uma ferramenta analítica desenvolvida para refletir sobre este processo. Jovens identificados como a imagem do mal têm seu acesso limitado ao espaço da cidade a partir da produção de barreiras sócio-simbólicas, o que resulta na restrição de sua experiência urbana e na reprodução de ciclos de pobreza e marginalidade.
A produção da marginalidade urbana no Rio de Janeiro tem sido historicamente marcada pela produção de representações e práticas estigmatizante sobre as favelas (Valladares, 2000). Este processo histórico amplia-se nas últimas décadas como resultado da agenda neoliberal. Um dos reflexos mais evidentes deste processo diz respeito a respostas criminalizantes às contradições sócio-espaciais resultantes desta agenda. Tais respostas se apóiam na indiferença e na rejeição social daqueles grupos identificados como párias urbanos.
O estudo demonstra que o estigma associado à violência afeta a relação de grupos com o espaço urbano. A noção de constrangimento sócio-espacial foi uma ferramenta analítica desenvolvida para refletir sobre este processo. Jovens identificados como a imagem do mal têm seu acesso limitado ao espaço da cidade a partir da produção de barreiras sócio-simbólicas, o que resulta na restrição de sua experiência urbana e na reprodução de ciclos de pobreza e marginalidade.
Translated title of the contribution | Hegemonic Social Represdentations about urban Violence in Rio de Janeiro: a view on socio-spatial stigmatization of favelas' dwelers |
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Original language | Other |
Number of pages | 1 |
Publication status | Published - 2012 |
Event | 11th International Conference on Social Representations - Evora, Portugal Duration: 25 Jun 2012 → 29 Jun 2012 http://www.cirs2012.uevora.pt/index%20ing.html |
Conference
Conference | 11th International Conference on Social Representations |
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Country/Territory | Portugal |
City | Evora |
Period | 25/06/12 → 29/06/12 |
Other | Social Representations in Changing Societies |
Internet address |
Keywords
- Stigmatization
- Hegemonic Representations
- Favelas
- Brazil
- Urban Violence
Fingerprint
Dive into the research topics of 'Hegemonic Social Represdentations about urban Violence in Rio de Janeiro: a view on socio-spatial stigmatization of favelas' dwelers'. Together they form a unique fingerprint.Activities
- 1 Membership of external research organisation
-
Observatório de Favelas (External organisation)
Fernandes, F. (Member)
1 Sept 2009Activity: Membership types › Membership of external research organisation